

Guarnições da CIPT/Rondesp Meio-Oeste localizaram e desarticularam um laboratório de entorpecentes, na tarde de quarta-feira (2), em Serra do Ramalho. Os militares patrulhavam a zona rural do município, quando avistaram um indivíduo que, ao ser surpreendido pelos agentes, tentou fugir, mas foi alcançado. Durante a abordagem, os policiais encontraram tabletes de maconha com o suspeito que, ao ser questionado sobre a origem da droga, informou onde mantinha uma plantação da erva e um laboratório destinado à prensagem e ao armazenamento do entorpecente. No local, um segundo suspeito, que informou trabalhar no laboratório, foi preso, e um terceiro indivíduo conseguiu fugir ao avistar as equipes da PM. Na ação, foram apreendidos uma espingarda calibre 36, mais de 100 munições de diversos calibres, uma prensa hidráulica, uma máquina.
Estudantes de Serra do Ramalho implantam horto medicinal como alternativa para a saúde
06 Fev 2025 // 10:58 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Com objetivo de promover de forma prática e construtivista o resgate da utilização das plantas medicinais para a saúde e o bem-estar, os estudantes Adilson Serafim, Kammily Victória Silva e Gisele dos Santos, que concluíram o curso técnico em Agricultura no Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy, no município de Serra do Ramalho, implantaram na unidade escolar um horto medicinal, no formato do Relógio do Corpo Humano, uma ferramenta da cultura chinesa. A realização da pesquisa proporcionou a ampliação e o compartilhamento dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. O estudante Adilson Serafim, 18, falou sobre a importância do horto medicinal. “O intuito é valorizar e resgatar as plantas medicinais que estão sendo menos usadas, pois hoje em dia as pessoas dão prioridade a remédios comprados em farmácia. No nosso horto medicinal, que é montado de forma circular e dividido em 12 partes, cada hora representa um órgão do corpo humano e em cada parcela são cultivadas plantas medicinais comprovadas pela Ciência para auxiliar nos transtornos de saúde do órgão correspondente. Além de serem naturais, as plantas medicinais trazem vários benefícios para a saúde”. Para o fígado, por exemplo, são cultivadas plantas como Alcachofra e Cardo Mariano; para o pulmão, Pulmonaria e Violeta; para o intestino grosso, Linum usitatissimum (linhaça) e Tanchagem; e para o estômago, Manjericão e Hortelã. Já no tratamento de doenças do coração, são plantados pés de Alecrim e Gervão; enquanto que enfermidades nos rins são utilizadas plantas como Carqueja e Quebra-pedra. A estudante Kammily Victória Silva, 18, reforça que o horto medicinal é uma tradição milenar criada pelos chineses, que acreditam que o cultivo das plantas pode ser utilizado para o tratamento de diversas doenças.
MPF requer que município de Serra do Ramalho (BA) garanta direitos dos indígenas da etnia Pankarú
08 Ago 2024 // 16:34 Por Wilker Porto | Agora Sudoeste
O Ministério Público Federal (MPF) requer, em ação judicial, que o Município de Serra do Ramalho, a 820 km de Salvador, adote com urgência as providências administrativas necessárias para concluir o processo de regularização fundiária urbana da Agrovila 9. Caso a liminar seja deferida, o município poder ser obrigado a finalizar o procedimento de regularização que se arrasta desde 2017, em até 60 dias, sob pena do pagamento de multa em benefício dos indígenas da etnia Pankarú. A ação busca garantir aos indígenas o direito à moradia digna, a condições de vida adequadas, ao meio ambiente equilibrado, além da efetiva participação e emancipação social, assegurando sua dignidade, identidade e cultura. O MPF aponta que a demora do procedimento resulta em ameaça concreta e iminente aos direitos fundamentais dos indígenas, que estão há quase sete anos aguardando a regularização. De acordo com o procurador da República Marcos André Carneiro Silva, em um relatório de 2017, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atestou que os habitantes do loteamento na Agrovila 9 pertencem às etnias Pankarú, da aldeia Vargem Alegre, e Pataxó, da aldeia Caldeirão Verde. O instituto esclareceu que membros das comunidades se afastaram das aldeias originais e se mudaram com suas famílias para a cidade em busca de melhor assistência em saúde e educação. A partir dessas informações, ainda em julho de 2017, o MPF obteve do município de Serra do Ramalho o compromisso de que realizaria estudos técnicos, sociais, urbanísticos e jurídicos para regularização fundiária da área em favor dos indígenas. Ficou acordado também que o ente municipal não tomaria medidas judiciais ou administrativas para a retirada dos indígenas e, que apresentaria um projeto de lei a ser encaminhado à Câmara de Vereadores.