

Sete homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e com facções criminosas morreram em confrontos com a polícia entre a quarta-feira (7) e a madrugada desta quinta-feira (8), em duas cidades do sul da Bahia. Os casos foram registrados em Arataca e Ibirapitanga durante ações das forças de segurança para o combate ao crime organizado na região. Em Ibirapitanga, quatro homens foram mortos durante uma operação conjunta das polícias Militar e Civil, que integra a segunda fase da Operação Ibira. A ofensiva tem como foco desarticular facções atuantes no município, prevenir o tráfico de drogas e coibir ameaças e extorsões contra moradores. Um dos mortos foi identificado como Kauan Souza, conhecido pelo apelido "Sementinha". Segundo as investigações, ele era integrante de uma facção criminosa com atuação regional e estaria envolvido na logística do tráfico de entorpecentes, além de ser suspeito de participação em dois homicídios. Os outros três suspeitos mortos não tiveram suas identidades divulgadas, mas, de acordo com a polícia, seriam membros de uma facção de Itacaré que se deslocaram até Ibirapitanga com o objetivo de retaliar rivais pela morte de um comparsa. O delegado Rodrigo Fernando, responsável pela delegacia de Ibirapitanga, afirmou que o grupo estava sendo monitorado pela equipe de inteligência e que a intenção dos suspeitos era deixar a cidade na madrugada desta quinta-feira. A tentativa de fuga culminou no confronto com os agentes. Detalhes sobre as ocorrências em Arataca, onde outros três suspeitos morreram, ainda não foram divulgados oficialmente pelas autoridades. As operações fazem parte de uma série de ações articuladas para conter a escalada da violência e a expansão de facções criminosas no sul da Bahia.
Justiça Federal acolhe ação do MPF e condena ex-prefeito de Ibirapitanga (BA) por fraudes em obras do município
30 Abr 2025 // 13:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
A Justiça Federal em Ilhéus (BA) condenou o ex-prefeito de Ibirapitanga, Ruiverson Lemos Barcelos, dois servidores e uma empresa por atos de improbidade administrativa relacionados a fraudes em obras financiadas com recursos da União. A sentença atendeu a uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). As irregularidades ocorreram na execução do Convênio nº 2424/2001, firmado com o Ministério da Integração Nacional, que previa obras como o desassoreamento da Lagoa Grande e construção de cais. Investigações revelaram o uso de uma empresa de fachada, ligada à própria gestão municipal, para desviar os recursos. A empresa Messias Santos Construtora simulou a execução do contrato com apoio de servidores, incluindo um engenheiro fiscal que também era sócio oculto da construtora, caracterizando conflito de interesses. A sub-rogação contratual entre a vencedora da licitação e a Messias Santos foi considerada irregular e sem respaldo documental. Segundo a decisão, havia um esquema sistemático de fraudes em licitações por meio da criação de empresas ligadas aos réus, que venciam sucessivamente os processos promovidos pela prefeitura. Os condenados sofrerão penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa, incluindo ressarcimento integral ao erário, suspensão dos direitos políticos por oito anos, perda de função pública (se exercida), multa civil proporcional ao dano, proibição de contratar com o poder público e pagamento de R$ 50 mil por danos morais coletivos à União. Os valores exatos serão definidos na fase de liquidação da sentença.